Hanseníase: um olhar para além do diagnóstico
O CTA/SAE é referência em Hanseníase e atua dando suporte ao médico da atenção primária no diagnóstico e tratamento da doença, prorrogação ou substituição da poliquimioterapia, manejo das reações hansênicas e das incapacidades.
Dentre todas as ações realizadas pelo setor em busca do enfrentamento da doença, destacamos hoje uma que vai além de um tratamento ou de uma consulta médica.
Recentemente, a médica dermatologista/hansenologista Dra Fabíola Welter Ribeiro inscreveu dois dos pacientes atendidos no setor num edital de chamada pública, promovido pelo Instituto Aliança contra Hanseníase. O objetivo do edital é ofertar gratuitamente um par de calçados com palmilhas impressos em 3D para pessoas que sofrem de feridas crônicas e deformidades graves nos pés, que são sequelas da Hanseníase.
A Ação FeetHansen – calçados digitais, em parceria com a empresa Pés Sem Dor, fabrica calçados especialmente para pés que precisam de cuidados especiais. Por meio de um processo de scanner ou mapeamento digital dos pés, uma impressora 3D “imprime” os sapatos e palmilhas sob medida. Feitos com tecido resistente e muito confortável, solado firme e antiderrapante, são sapatos inteligentes. Têm como principal objetivo dar autonomia para os pacientes, auxiliam na manutenção do equilíbrio do corpo, evitam quedas, protegem os pés contra possíveis machucaduras, além de serem utilizados como tratamento no manejo e cicatrização das feridas.
Uma grande dificuldade das pessoas que possuem deformidades ou feridas nos pés é encontrar calçados adequados, que não os machuquem ou que minimamente vistam seus pés. Essa é a realidade dos dois pacientes que foram beneficiados por essa ação.
No último dia 09, a médica hansenologista, juntamente com a coordenadora do CTA/SAE, Jéssica Sartor, estiveram em visita domiciliar aos pacientes que receberam os calçados.
Na ocasião, M.F.S, residente do município de Guaíra, emocionada, conta que _”Se não fossem esses sapatos, eu não conseguiria caminhar!”. R.Z, que reside em Ouro Verde e há anos luta para cicatrizar as feridas nos pés, afirma que _” Eles são muito melhores que as sandálias que eu costumava usar!” Apesar de tê-los recebido há poucos dias, tem grande expectativa de que poderá, de agora em diante, ter mais liberdade no seu cotidiano.
A pessoa que teve hanseníase perde, dentre outras consequências, a sensibilidade dos pés. Isso significa que ela não percebe se algo queima, corta, fura, machuca seus pés... Isso tudo pode ter como consequência ferimentos crônicos, que têm dificuldade em cicatrizar, além de, aos poucos, a musculatura dos pés perder força e função, podendo resultar em deformidades.
“Com esses sapatos digitais esperamos que eles consigam viver melhor, com mais segurança e autonomia, sem medo de se machucar ou cair e que cicatrizem as feridas definitivamente. Esperamos dar mais qualidade de vida e melhorar a autoestima de nossos pacientes!”, relata a dra Fabíola.
Texto por: Jessica Sartor e Fabíola Welter
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